quinta-feira, 27 de outubro de 2011

Grafite, fine art e um castelo na Escócia

Documentário "Graffiti fine art" por Jared Levy

São os caras lá da gringa falando bem do grafite aqui no Brasil, mais especificamente de São Paulo. Dá até orgulho ver o nosso país ganhando visibilidade assim, sendo respeitado cada vez mais, admirado.

São 65 grafiteiros de 13 países diferentes, nessa 1ª bienal internacional de graffiti, aqui no Brasil, falando sobre grafite, sobre a relação grafite e "fine arte" (belas artes? arte fina? arte boa?), sobre a arte fora dos museus, na rua. Vale a pena dar uma conferida!

O pessoal de Belo Horizonte vem fazendo um corre maneiro de artes de rua com a galera que se encontra quarteirão do soul, curtindo um som no maior estilo 70's numa rua no centro da cidade, também receberam uma bienal internacional de graffiti antes mesmo da de São Paulo. A galera de BH tá de parabéns!

ps: vou deixar uns links lá no final sobre essa bienal de BH e outros assuntos.

castelo grafitado na Escócia
Aproveitando o tema sobre grafite pra falar desse castelo aí, lá da Escócia, que foi grafitado  em 2007 por uma galera brasileira... é isso mesmo, brasileiros. Foram "Os gêmeos" (Otávio e Gustavo), Nina Pandolfo, e Francisco "Nunca" que fizeram esse trabalho sensacional.


Aparentemente essa história tá sendo analisada pelo departamento de patrimônios históricos da Escócia. O castelo devia passar por algumas reformas e só por isso foi grafitado, como um pedido do filho do dono do castelo. Era pra ser algo provisório, mas o dono do castelo gostou tanto do resultado que agora está lutando na justiça pra mante-lo assim. 


Essa inovação trouxe um bocado de coisas boas pro país e pro dono do castelo. O turismo do lugar aumentou em cerca de 20%, segundo as reportagens, o castelo foi parar até em cartões postais, revistas e até camisetas. Então vamos esperar que o departamento de patrimônio histórico veja isso como algo positivo e que o castelo não precise voltar a ser como ele era antes.

links:
sobre o castelo
mais sobre o quarteirão do soul
sobre a Bienal de BH

Tiago Abs

2 comentários:

  1. Muito legal o post. É pensar o grafite como uma arte que veio "de baixo", e aos poucos vem ganhando seu reconhecimento. Acredito que as autoridades representantes do patrimônio público ainda tragam o ranço elitista e por isso não dêem o devido respeito a arte urbana, que lida com uma noção de arte diferente da tradicional.
    Por outro lado vemos esse exemplo do post, e vemos a "arte urbana" estampada em marcas de chinelo famosa e em promoções de restaurantes, o que não deixa de ser um reconhecimento desta como "arte verdadeira".

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